Desempenho da tecnologia de exibição em cinema digital 4K 3D do Lavid surpreende no CineGrid2011 – LAViD/UFPB Núcleo de Pesquisa e Extensão

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Desempenho da tecnologia de exibição em cinema digital 4K 3D do Lavid surpreende no CineGrid2011

By: 12 de dezembro de 2011 868 views Visualizações

Exibição do Filme EsteriosEnsaios no CineGrid 2011 com tecnologia desenvolvida pelo Lavid – UFPB. Foto: Leandro Ciuffo

A inovação tecnológica apresentada pelo Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (Lavid), da Universidade Federal da Paraíba, durante a realização do CineGrid International Workshop 2011, na Califórnia, surpreendeu e conquistou a admiração de especialistas e profissionais da academia e do mercado. A tecnologia desenvolvida é um equipamento que possibilita armazenar, transmitir e executar filmes digitais em super alta definição, com resolução 4K (4096 x 2304 pixels/frames).

A exibição de filmes em formato 4K representa a execução de imagens cerca de quatro vezes superior à Full HD, ou seja, imagens em UHD (Ultra High Definition). A tecnologia comporta ainda a execução de imagens 3D (estereoscópia) e uma infraestrutura de armazenamento em rede, a partir do conceito de computação em nuvem (cloud computing).

Esta tecnologia foi desenvolvida, este ano, pelo Projeto Grupo de Pesquisas para manipulação de Vídeos em UltraHD. O projeto faz parte do Grupo de Trabalho – Aplicações Avançadas de Visualização Remotada da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).  

No dia 07 de dezembro, foi feita uma demonstração para os participantes durante o CineGrid 2011, considerado um dos maiores eventos internacionais na área de cinema.

Na oportunidade, foi transmitido o filme EsteriosEnsaios, com resolução 4K, diretamente da rede do Lavid na UFPB (Campus de João Pessoa) para a University of California, San Diego (UCSD).

Segundo Leandro Ciuffo, da Gerência de Comunidades e Aplicações Avançadas da RNP, um dos pontos que impressionou o público presente foi a alta qualidade das imagens exibidas. “A recepção pelo público foi boa. A qualidade das imagens estava ótima”, afirmou Ciuffo. Ele relatou que, durante a sessão de perguntas, Guido Lemos, coordenador do projeto, foi indagado se a transmissão era sem compressão, tamanha era a qualidade da imagem.

O gerente da RNP destaca que o projeto alcançou o sucesso desejado. “A prova de conceito foi bem sucedida. É importante ressaltar que foi uma prova de conceito de um sistema que sincroniza fluxos de vídeo de fontes distribuídas”, enfatizou Leandro Ciuffo.

O filme foi transmitido e executado em tempo real por meio da tecnologia do Lavid. EsteriosEnsaios foi produzido pelo Grupo de Trabalho de Criação de Conteúdo Visual, coordenado pela professora da Mackenzie, Jane de Almeida. Assista ao trailer do filme clicando aqui.

 

Confira abaixo uma entrevista sobre a experiência no desenvolvimento da tecnologia brasileira para cinema digital 4K 3D com o coordenador do projeto Grupo de Pesquisas para manipulação de Vídeos em UltraHD, Guido Lemos.

Lavid: Como foi a recepção das pessoas durante a demonstração da tecnologia brasileira para execução do filme EsteriosEnsaios em 4K 3D?

Guido Lemos: A tecnologia desenvolvida foi muito bem aceita pelos participantes do evento, que representam a elite do desenvolvimento de tecnologia para cinema digital. Todos elogiaram os resultados parciais do projeto e demonstraram expectativa muito positiva em relação às inovações que foram apresentadas. Um dos participantes chegou a comentar que a nossa proposta foi a mais interessante das apresentadas no Cinegrid deste ano.

Lavid: Como essa tecnologia brasileira pode vir a disputar e se posicionar no mercado internacional de Cinema digital?

Guido Lemos: Como o foco das inovações e do desenvolvimento realizado foi aperfeiçoar a relação custo versus qualidade, temos chance de produzir sistemas e equipamentos mais baratos do que os que estão disponíveis atualmente. Se os investimentos em engenharia de produto forem feitos no montante e no tempo adequado, temos sim chance de disputar espaço no mercado internacional. Porém, o foco principal do projeto é viabilizar a digitalização e reconstrução da rede de cinemas brasileiros. O mercado internacional não é o foco do projeto neste momento, porém, temos uma “encomenda” do sistema feita pelos holandeses.

Lavid: Qual a maior contribuição que essa tecnologia, desenvolvida no Lavid, traz para área de transmissão e exibição em cinema digital?

Guido Lemos: É viabilizar o armazenamento, a transmissão e a exibição de filmes produzidos com a resolução mais alta que pode ser gerada pelas câmaras utilizadas atualmente a um custo acessível. A tecnologia é escalável, isto é, suporta aumento na qualidade e resolução dos filmes sem impacto muito grande no custo do sistema.

Lavid: Na sua opinião, qual o diferencial da tecnologia em relação ao estado atual dos players existentes no mercado?

Guido Lemos:O diferencial é uso de “nuvens” (conceito cloud computing) para o armazenamento distribuído dos filmes; para a codificação dos filmes nos formatos de exibição; para a transmissão distribuída (oriunda de maquinas distintas) e para a exibição distribuída e sincronizada dos filmes.

Lavid: Na sua avaliação, como se deu essa primeira experiência da RNP com o Lavid no CineGrid 2011?

Guido Lemos: O resultado foi excepcional. Colocou-nos na elite mundial do desenvolvimento de tecnologia para cinema digital. O objetivo inicial do projeto executado no Lavid e financiado pela RNP era a realização de estudos sobre sistemas já existentes. Nós fomos além e conseguimos desenvolver a primeira versão do sistema e mostrá-la em funcionamento no Cinegrid apenas oito meses após o início da execução do projeto. Cabe destacar que apenas os japoneses da NTT Network Innovation Laboratories (NiponTelecomunications) e de um instituto de pesquisa localizado em Praga fizeram demonstrações semelhantes. Porém, nestes projetos foram investidos milhões de dólares e no nosso foram investidos apenas 140 mil reais.

Lavid:O que projetos inovadores como esse precisam para se firmarem e projetar produtos no mercado?

Guido Lemos: É preciso garantir financiamento para manter a equipe mobilizada e montar um ambiente de testes semelhante aos que são utilizados nos centros de pesquisa que trabalham na área. É preciso também atrair investimentos e o interesse de empresas que atuam no mercado de cinema para levar a tecnologia para a sociedade. Nosso sonho é ver funcionando pelo menos uma sala de cinema em cada município brasileiro, hoje temos mais de 4.800 municípios que não tem sequer uma sala de cinema.

Redação: Kellyanne Alves – Jornalista/NPE Lavid

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